Toda vez ao chegar na curva que dá ao mar diminuo o passo, muitas vezes paro e respiro fundo, desta vez eu só olhei, perdi meu olhar no mar verde e trasparente que logo a frente reinava entre as pedras e a areia branca numa paz antes desconhecida.
Confesso que a alegria que eu sempre tive, aqui é maior, mas as saudades que senti hoje são maiores e doem mais, muito mais.
A passos mais lentos entrei no condomínio fui até o banco da piscina, sentei e fiquei observando o mar que batia com força nas pedras e pensei nas minhas filhas e na falta que sinto delas, os olhos vivos se encheram de lágrimas e pela face rosada uma delas, a mais insistente rolou até a curva da minha boca salgando meu paladar antes doce.
Senti que a saudade foi aliviando conforme eu ia pensando nas meninas e no que eu quero proporcionar pra elas e um sorriso brotou quando senti que era tarde e precisava subir.
No meio da madrugada acordei sentindo um vento vir da janela, abri a sacada e notei que pequenas gotas de sereno iam descendo e se aconchegando no parapeito, senti frio e alguns arrepios, voltei pra cama e agradeci a deus pelas sensações que estava sentindo.
Sei que tu me ouve bom Deus, e tu sabe que eu to aqui, então por favor deixa comigo todos estes sentimentos até mesmo os de dor e sofrimento, eu preciso deles pra crescer, preciso deles pra viver e proteje quem eu amo.
Dormi bem noite passada, tive um dia estranho e confuso.
E eis-me aqui no meio da sala, deitada no colchão inflável, com a janela da sacada aberta a brisa do mar entrando e me fazendo volta e meia arrepiar e ouvindo o doce som do mar lá em baixo batendo nas pedras. Voltei a sentir saudade, saudade das meninas, mas não vou chorar deus está comigo e com elas e sei que estão bem.
Hoje vou curtir o violão e a companhia do vento... outubro já está chegando e logo elas estarão aqui.
Boa noite...
Mauricio meu bem, pensei em ti durante toda a escrita deste texto.
:)
;)
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