Touché. Na sacada do meu apartamento de frente pro mar.
Aqui tem sol, o céu está num tom de azul tão claro que mal se acredita, o mar tranquilo e sereno em contraste com meus pensamentos, tudo muito lindo muito natural, muito cool como diria minha irmã.
A cadeira de rodinhas me permite olhar para o ângulo todo e a sacada aberta me dá a sensação de estar voando sobre o mar verde e azul da Praia do Bom Abrigo Florianópolis, onde eu estou morando faz dois meses.
Aqui neste exato instante estou escrevendo sobre o momento mais tenso e triste que vivo desde que larguei tudo e resolvi vir pra cá.
A saudade tá quebrando cada movimento que eu faço, seja ele físico ou mental. Nada mais está saindo do lugar ou tomando forma como eu queria. Sinto tristeza e dor, mas ainda não senti arrependimento. Graças a deus, porque do contrário estaria ao invés de observando o mar e escrevendo, sem dúvida estaria olhando pras minhas malas em cima da cama.
Deixei no sul a sensação de trabalho feito e trouxe pra cá os meus sonhos todos numa mala de 45 centímetros de altura e 30 centímetros de largura com rodinhas. Todo o resto eu aos poucos estou trazendo pra perto de mim. Isso inclui meus dois tesouros, Manoela e Ísis, minhas filhas.
Que passe toda sensação de tristeza, pois quero o terreno dos meus sentimentos e sonhos bem fixos e firmes pra trazê-las. E sei que passando essa tristeza da saudade, virá a certeza do real e com a certeza elas virão pra ficar.
E lá embaixo o mar se move lentamente contra as pedras volta e meia quebrando uma onda ao se encontrar com a areia branca como nuvens de algodão.
E que o tempo voe, e ocm ele todas incertezas e cada obstáculo, pois agora aprendi finalmente que os obstáculos da vida estão em mim, no que penso e no que sinto. Agora sinto saudade delas.
Amanhã sentirei alegria em tê-las perto de mim.
Touché.
Assim seja...
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