quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mar

Se eu disser onde estou neste instante em que estou escrevendo vocês não vão acreditar.
Touché. Na sacada do meu apartamento de frente pro mar.

Aqui tem sol, o céu está num tom de azul tão claro que mal se acredita, o mar tranquilo e sereno em contraste com meus pensamentos, tudo muito lindo muito natural, muito cool como diria minha irmã.
A cadeira de rodinhas me permite olhar para o ângulo todo e a sacada aberta me dá a sensação de estar voando sobre o mar verde e azul da Praia do Bom Abrigo Florianópolis, onde eu estou morando faz dois meses.

Aqui neste exato instante estou escrevendo sobre o momento mais tenso e triste que vivo desde que larguei tudo e resolvi vir pra cá.
A saudade tá quebrando cada movimento que eu faço, seja ele físico ou mental. Nada mais está saindo do lugar ou tomando forma como eu queria. Sinto tristeza e dor, mas ainda não senti arrependimento. Graças a deus, porque do contrário estaria ao invés de observando o mar e escrevendo, sem dúvida estaria olhando pras minhas malas em cima da cama.
Deixei no sul a sensação de trabalho feito e trouxe pra cá os meus sonhos todos numa mala de 45 centímetros de altura e 30 centímetros de largura com rodinhas. Todo o resto eu aos poucos estou trazendo pra perto de mim. Isso inclui meus dois tesouros, Manoela e Ísis, minhas filhas.
Que passe toda sensação de tristeza, pois quero o terreno dos meus sentimentos e sonhos bem fixos e firmes pra trazê-las. E sei que passando essa tristeza da saudade, virá a certeza do real e com a certeza elas virão pra ficar.

E lá embaixo o mar se move lentamente contra as pedras volta e meia quebrando uma onda ao se encontrar com a areia branca como nuvens de algodão.
E que o tempo voe, e ocm ele todas incertezas e cada obstáculo, pois agora aprendi finalmente que os obstáculos da vida estão em mim, no que penso e no que sinto. Agora sinto saudade delas.
Amanhã sentirei alegria em tê-las perto de mim.

Touché.
Assim seja... 

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