segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ela // Eu

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho (passei correndo desta forma de viver, se me sinto mal no ambiente, fujo sem olhar pros lados, sempre preferi a incerteza do salário à certeza de trabalhar triste), quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho (pelo jeito assim também não morro...pois sou mais incerteza do que certezas até quando durmo), quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos (seguir conselhos? se fossem bons... eu os venderia, portanto me dê conselhos só quanod eu os peço!).
Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições (adoro contradições, prefiro as minhas, elas me dão mais vontade de me conhecer, me descobrir, estudar e falar).
Morre lentamente quem evita uma paixão (jamais!), quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis (engraçado assim tbm não morrerei...), justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos (sou feliz errando e tropeçando, o certo nem sempre é bom, eu gosto do que é bom!).
Estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar...


Martha Medeiros // Josi Valentim

 

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