Sentimento...

Às vezes tenho a impressão que as palavras me somem, e que muitas delas nem existem quando penso em você. Sei que parece bobagem muitos dos sentimentos que tenho, mas são todos incontroláveis, e vivem na ponta da minha lingua e em meus sonhos, eu nunca consigo me desfazer deles e acabo por te entregar o que tenho em mim de mais bonito.

Já pensei mil vezes em não sentir, ou sentir mas não demonstrar. Mas é em ti que me encontro, e toda vez que pretendo fujir, me dá uma ânsia em ir logo atrás e te trazer de volta. Eu tive medo de estar confundindo as coisas, mas o medo que confunde. Já o sentimento é inconfundível. E eu me perco mais uma vez pensando em tí.

Quando tu quer algo que eu não quero, eu fico brava e me desespero, e acho que ali é nosso ponto fraco, juntos pensamos que não dá mais... e lá vem quem nos faz estarmos sempre cada vez mais unidos. O sentimento. E nos une denovo e nos dá boas vindas e nos faz feliz. E aos poucos as coisas tomam novas proporções. A nossa vida perde e ganha cores, num belo jogo de photoshop em plena criação. Sempre mudando, aprendendo... tentando.

Ontem senti uma baita falta de ti.

Teu cheiro bom, teu colo gostoso, tua pele quentinha e teu jeito de me olhar do canto dos olhos verdes me deram um vazio tão grande... vazio de saudade. Não sei se tu sente minha falta como sinto a tua. Só sei que sinto; e se sinto... nada mais importa a não ser tua ausência.

Tú é meu lado oposto, oposto na música, nos gostos, paladares, sabores, cheiros, jeito, manias, vontades, enfim tú é meu lado oposto. E ao mesmo tempo meu equilibrio.

Contigo sinto pés no chão. Sonhos e realidade ali lado a lado, até quando minhas fraquezas insistem em me acompanhar, tu está do meu lado me ensinando. E se a fraqueza está em tí eu tento ficar ao lado, muitas vezes falando... raras vezes observando. Muitas delas desesperada por não saber o que fazer.

Aprendo contigo a arte de viver sem medo.

E no mesmo compasso de escrever estou chorando, é bobo isso né? Mas as lágrimas veêm sem pedir licença, fazer o que? To aqui digitando palavras que me remetem a tua presença, ao teu jeito e me jogam ao teu encontro. Já sentimos a dor da distância por erro meu e por erro teu, e mesmo assim estamos aqui. Lado a lado. Vivendo, aprendendo a arte de gostar de alguém.

E eu te gosto, com defeitos e qualidades, com vontades ou não. Eu gosto.

Contigo; idas ao teatro são boas, idas ao gasômetro são maravilhosas, ficar em casa é tri bom, mesmo que eu no fundo não goste de ficar em casa, mesmo que meu corpo queira acordar e aproveitar o dia e o teu corpo insista em ficar na cama e aproveitar a noite. Mesmo que eu seja do dia e você da noite. Mesmo que eu goste de machiche e tú de Rock'in roll. Mesmo assim eu te gosto.

Ontem e alguns dias lá atrás eu já disse que te amava. Não te pedi que me falasse isso. Nem sei se quero ouvir que tu me amas. Porque tu me cuida. E me cuidar é muito mais que me amar.

E por me cuidar e amar o que de mais precioso tenho na vida é que hoje eu não te amo mais. Eu quero te cuidar também. Cuidar pra que tua vida seja linda, feliz e cheia de amores. Porque cuidar é cultivar, e deste cultivo nasce o que chamo de amor. As flores são assim, agente cultiva, cultiva.. até que nasce uma flor linda e ela se torna a coisa mais béla para nossos olhos.

Quanta coisa boba e quanta coisa linda de sentir.. mas ficar um dia sem tua companhia me faz sentir coisas que eu não queria. Por essas e por outras que hoje eu quero eternizar em palavras o que sinto aqui dentro de mim. Não no coração, porque o coração é muito romântico pra tí. Mas no cérebro, que é o único lugar que realmente as coisas acontecem, coisas e pessoas se eternizam no cérebro. E você está no meu. Todo instante, segundos e minutos... todo dia... pro meu sempre, seja ele hoje, amanhã ou pra vida toda enquanto eu possa respirar.

Te amo. E vou te cuidar sim. Com carinho... josi.